quarta-feira, 4 de maio de 2011

Meu Fiel Amigo, o Imponderável!

     
      Poucas vezes presenciei o Grêmio ir tão fragilizado para uma decisão como esta noite contra a Universidad Católica no Chile. Sucessivos fracassos, falta de reposição qualificada, más atuações principalmente fora do Olímpico, e agora esse tsunami de lesões assolam o clube nesta temporada. Beira o inacreditável constatar que não teremos jogadores para completar um banco de reservas. Para piorar o quadro, enfrentaremos novamente uma equipe qualificada, de categoria, cujo técnico Juan Antonio Pizzi, um argentino, encorporou ao time o estilo cadenciado de toque de bola dos hermanos. Enfim, prognóstico muito reservado. Pois teimo em não deixar de acreditar por algumas razões, a primeira delas, de minha preferência, mais racional.
     Se o chamado time titular começava a dar sinais de que não apresentaria maior evolução, a troca de jogadores com resposta insatisfatória (Borges, Gabriel e Willian Magrão) pode fazer surgir atletas com melhor desempenho. Oxigenar a escalação. Todavia nem é tão nos nomes que aguardo tal transformação, espero que os desfalques sirvam para Renato encontrar uma idéia melhor de time, com formatação mais equilibrada. Está claro que uma das falhas da mecânica de jogo é a recomposição do sistema defensivo quando se perde a bola no campo de ataque. Com a entrada de Vilson teremos um jogador mais plantado em frente a área, facilitando o trabalho dos zagueiros. Aliás, não entendo porque o Renato ainda não trocou Rockembach de posição com o Adilson, assunto esse pra outra hora. Hoje, teremos novamente a proteção tão suplicada de um cão de guarda na nossa área, e por aí o Grêmio pode construir a vitória.
     Uma das lições deixada pelo Grenal foi que zagueiros e laterais ficaram mais seguros com a entrada de um terceiro defensor. Rafael Marques e Rodolfo tiveram poucas falhas, Gílson foi até razoável sem tanta responsabilidade de marcar e Gabriel fazia ótima partida até a lesão. O erro foi ter deixado o garoto Leandro no banco. Para a batalha de logo mais, é este o time especulado e ainda não confirmado pelo treinador: Marcelo Grohe, Mário Fernandes, Rafa Marques, Rodolfo e Gílson, Vílson, Adílson, Fernando e Douglas, Leandro e Viçosa. Melhor ainda se Mário fosse escalado como zagueiro pela direita. Se não é zagueiro e nem lateral, pois que jogue de zagueiro-lateral, qualidade pra ser titular ele tem. Anseio que a presença dos dois jogadores que explanei um pouco mais faça com que o gol fique longe de ser uma possibilidade constante pro adversário. E então que se faça o que sabemos fazer melhor, atacar, bola parada. Aproveitar o número maior de jogadores altos para surpreender os nanicos chilenos. Jogando quase nada, muitas vezes esse ano vi esse time fazer dois ou mais gols longe de Porto Alegre.
     Compartilho com as críticas de que não adianta ficar evocando a Imortalidade, que para ganhar há de se formar um bom grupo. Porém seria injusto não dizer que ela está sim presente na vida desse clube. Foram estes momentos que me tornaram hoje tão fanático assim. E é essa a outra razão que me faz tanto acreditar na classificação. Estamos falando de Grêmio. Instituição aonde as jornadas épicas são rotina e o imponderável é amigo fiel.

Um comentário:

  1. Legal os textos velho.
    Abraço,
    Grandi

    Se quiser dar umas risadas:
    www.erasopapel.com

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