segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Começou o Carnaval!



     Final de semana de pré-carnaval pelo Brasil e duas torcidas também resolveram antecipar sua folia. Contrariando as previsões, o Criciúma dirigiu-se à capital de Santa Catarina, não tomou conhecimento da vantagem do Figueirense e faturou o título do primeiro turno do estadual. Guilherme Macuglia mostrou que sabe armar o time também para vencer fora do Heriberto Hülse. Após uma belíssima cobrança de falta de Mika, o Tigre foi seguro na defesa, quase não teve sustos, gelou a torcida nas arquibancadas e mostra estar disposto a retomar a hegemonia regional.
     Um tiro-livre também foi responsável por decidir a final da Taça Guanabara e o Flamengo fez valer a força de sua camisa perante ao bravo Boa Vista. Mesmo que ainda não tenha enchido os olhos do seu torcedor, Vanderlei Luxemburgo consolida o trabalho com vitórias e elas trazem segurança. Ronaldinho fez o que dele se espera, decidiu. Além do gol, o astro participou de boas jogadas, mostrou vontade e começa a justificar o esforço que  a diretoria realizou para contratá-lo. Com sua popularidade, ainda faz a conquista do Rubro-Negro virar notícia mundial. O francês "L´Équipe" chamou a atenção para a comemoração, comparando-na ao carnaval carioca, mas confundiu a Taça Guanabara com o Campeonato Estadual do Rio. Tô visualizando o correspondente do jornal no Brasil tentando explicar pro editor:
     - Então chefe, é como se existisse um campeonato só com os times da região da Ilha-de-França e o PSG tivesse ganho apenas o primeiro turno desse torneio. Agora que eles se garantiram na final de verdade.
Acho que a reportagem sairia da pauta.

Professores em Baixa

     A área técnica dos estádios paulistas parece não estar fazendo bem aos seus habituais frequentadores. Após a eliminação vexatória na Libertadores e mesmo que demonstre recuperação, pode-se dizer que Tite  não goza de total segurança a frente do Corinthians. Adilson Batista novamente afrontou tanto seus jogadores quanto suas características, demitido. Já no jogo que ineditamente seria melhor assistir no VT (tempestade, apagão), os treinadores deram um jeito de entregar o empate para o outro, se assim podemos dizer. Kléber, melhor jogador alvi-verde, saiu de campo esbravejando contra seu comandante. Falou que os pontas palmeirenses são obrigados a acompanhar os laterais e aos são-paulinos era permitida maior liberdade. Assim, na hora do ataque, os tricolores teriam facilidade em fazer a diagonal, "fatiar" foi o termo utilizado por ele. Reivindicou ainda a presença de outro atacante. Análise perfeita do Gladiador. Domínio e 1 a 0 São Paulo. No segundo tempo, Scolari ainda iria padecer da falta de uma qualidade que sempre marcou sua tragetória, coragem.
     Após a infantil expulsão do zagueiro Alex Silva e ainda com a derrota, esperava-se que o treinador avançasse sua equipe e acuasse o adversário. Pois o que fez foi retirar zagueiro e volante amarelados e substituir por jogadores das mesmas características ainda inadvertidos. Queimou duas alterações e ainda perdeu a bola parada com Marcos Assunção. O Palmeiras pouco agrediu o rival e ainda se assustava com os velozes Fernandinho e Lucas. Não parecia ter condições de empatar. Até Carpeggiani resolver mudar a ordem do confronto. Inadmissível retirar ao mesmo tempo Lucas e Dagoberto, ainda mais quando quem entra são os vagarosos Rivaldo e Willian José. Perdeu o contra-ataque e a retenção de bola na frente. Antes, já havia substituido Fernandinho para recompor o trio defensivo. Conterrâneos, fez ele mesmo o trabalho que cabia a Luis Felipe, e na boa jogada iniciada por Valdívia, a igualdade.
     A vida anda mesmo sem graça para os técnicos dos grandes paulistas. Não para nós expectadores. Impossível não se divertir ao presenciar uma boa partida de futebol e as cenas hilarias de natação proporcionadas por aqueles senhores providos de alto índice de massa corporal.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sorte de Campeão!

  
   Dizem que vitórias podem camuflar certos desajustes cometidos. Se o contrário é verdadeiro, achamos o ponto positivo no revés de ontem. A derrota escancarou erros que vêm se repetindo. Não vou falar do mau posicionamento na bola aérea adversária, não quero destacar o número excessivo de passes errados e não pretendo rediscutir os generosos espaços que os laterais entregam ao adversário. Esses estão no grupo dos "erros normais", ou seja, fazem parte de qualquer partida, variam. Um dia o seu time, logo ali o outro. Minha opinião é que o equívoco seja de um âmbito maior, conceitual, mais preocupante talvez.
     Afirmam que na  impossibilidade de contar com Lúcio, Renato escalou mais uma vez Carlos Alberto como meio-campo. Inverdade. Foi Adílson o substituto do meia-lateral. O treinador já declarou que a escalação do Alemão no ano passado era uma improvisação. Havia uma carência para a posição e que Carlos Alberto chegara para assumir aquela função. Que não funcionou todos viram, Renato viu, a substituição foi a prova. Pior, Adilson jogou deslocado. Gilson teve que fazer sozinho o que tem dificuldade de realizar com a ajuda de um exército. Resultado, empate e pressão. O Santo tentou desfazer o erro colocando Bruno Collaço na esquerda e reposicionando Adílson. Melhorou, obviamente. A Avenida dos Ílsons fora bloqueada. 
     O prejuízo na troca é que Bruno está muito longe tecnicamente de Lúcio. No momento de atacar, as jogadas não fluiam com a mesma naturalidade por aquela faixa. O Grêmio tinha a posse da bola, não tinha contundência. O gol da virada foi imerecido, jogávamos com superioridade. Mas sabe como é, Libertadores, longe do Olímpico, arbitragem caseira, conhecemos bem tudo isso, perdemos o jogo. Sem desespero, tudo dentro da normalidade. Entretanto Renato tem que mostrar que aprendeu a lição. Tá faltando o plano B. Outro esquema efetivo quando não temos esse jogador veloz no meio. Com a volta do Lúcio o meio-campo está definido. É o mesmo que nos encantou no ano passado. Ao invés de arrumar o meio, Carlos Alberto pode ter chego para resolver o ataque? Não se pode opinar, ainda não foi testado, mas o jogo ratificou que no centro não funciona.
     Devo admitir, se começei o post preocupado, terminei feliz. Ao ler que fomos covardemente apedrejados e os estilhaços não machucaram nosso treinador, ao constatar que os erros ficaram tão claros, que as soluções naturalmente apareçeram, não tem como não afirmar, esse Renato é mesmo um sujeito de sorte!
     

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Legítimos Palhaços!



     Não se pode tirar a valia do título do Flamengo em 1987. Não tenho lembranças e embasamento histórico sobre o fato e minha opinião foi construída lendo diversos jornalistas afirmando que, na época o rubro-negro foi considerado por imprensa e torcida como o "campeão moral". Os própios clubes reconheciam a conquista carioca. Pronto, decidido. Flamenguistas há anos inflam os pulmões enaltecendo o seu penta-campeonato e nunca presenciei alguém defender o contrário com muito fervor. No máximo uma "corneteadazinha", como se diz. Pois se a moralidade e até a rivalidade legitimam a vitória, estranha e entristece constatar que o clube tenha se curvado às exigências de UM ser humano por uma simples canetada.
     O clube dos 13 aproxima-se da negociação com as mídias sobre os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Fábio Koff sempre mostrou ser um dirigente capaz e de respeito. Desde que assumiu a instituição, a arrecadação dos clubes cresceu vertiginosamente. É o homem certo para defender os interesses dos clubes perante à CBF. Mas o fascista Ricardo Teixeira não quer concorrências no comando do futebol. Quer ser o dono absoluto de tudo. Amarga uma tremenda raiva desde que seu candidato Kléber Leite perdeu a última eleição. Claramente assume posições que prejudicam os que foram contra a sua escolha. Articula com concessões o apoio dos grandes clubes. Libera empréstimos para os aliados. E eles vendem sua alma ao Demônio. A escolha do estádio do Corinthians como sede da Copa é um exemplo perfeito e esdrúxulo de toda essa sacangem.
     Agora os times do Rio resolveram abandonar o clube dos 13. O timão parece seguir o mesmo caminho. Irão negociar diretamente seus direitos de transmissão. Querem maior parte na divisão do dinheiro, porém ja recebem há tempo maior quantia. Fábio Koff quer uma concorrência leal, sem preferências, entre as televisões. Quer que TODOS os clubes enriquecam. Ricardo Teixeira não, ele só pensa na sua conta bancária, ele tem os seus parceiros. Ele escolhe aonde assistiremos aos jogos. Ele decide qual cidade terá o privilégio de sediar uma Copa. Resta-nos reconhecer o seu domínio? Alguns clubes querem assim. Pode não dar certo, ainda sobrou muita gente do bem. O rolo todo tende a embolar. Serão muitas marionetes comandadas por apenas duas mãos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Velho Continente

     Este texto foi produzido pelo meu primo Murilo Fretta, agora correspondente internacional do Zappelota. Quem quiser fazer um texto legal é só me mandar que terei o prazer de postar. Já que aproveitei o espaço para citar terceiros, quero dar os créditos do nome do blog ao meu irmão João Marcelo, que me cobra isso desde o início. O nome teve elogios e aceitação geral. Vai lá Muuka!!

     O futebol do “Velho Continente” teve algumas surpresas e marcas sendo batidas. Em um giro pela “Terra da Rainha” onde a Premier League deu uma pausa para que desse seguimento às rodadas da Copa da Inglaterra a maior surpresa foi a eliminação dos atuais bi-campeões, Chelsea, para um Everton que vem ganhando destaque com um time constante em um jogo que valia o avanço às Oitavas-de-Final. E destaque para o avanço do Man. Utd que com trabalho conseguiu eliminar a zebra Crawley, da 5ª divisão, por 1 x 0 em jogo válido pela classificação às Quartas-de-Final.
      A Copa da Inglaterra é organizada da seguinte maneira: apenas um jogo para cada rodada, se o time perder está fora, em caso de empate é realizado um novo jogo com o mando de campo invertido, se continuar, prorrogação e em seguida pênaltis. Foi o que aconteceu: 1 x 1 em Liverpool e na volta 0 x 0 no tempo normal, aos 14 do 1º tempo da prorrogação Lampard abre o placar, porém aos 14 do 2º o lateral-esquerdo Baines em um cobrança perfeita de falta, na entrada da área, colocou a bola “lá onde a coruja dorme”: pênaltis – Anelka e Ashley Cole erraram e assim a vitória ficou para o Everton – 4 x 3.
     Na Terra do Coliseu, onde os mais velhos demonstram afetividade e carícias como é o caso do nosso amigo Berlusconi e a “somente amiga” Ruby, a Internazionale conseguiu se recuperar após derrota para a Juventus em rodada anterior, e garantiu a vitória por 1 x 0, com gol irregular do defensor Ranocchia frente a uma equipe mediana do Cagliari. Já o time do homenageado Primeiro-Ministro reagiu à derrota para o Tottenham pela Champions League e venceu a equipe do Chievo por 2 x 1 fora de casa, com show brasileiro. Em triangulação do ataque milanês, Cassano cruzou para Ibrahimovic que com a cabeça fez o passe para Robinho, o “malandro” brasileiro ajeitou com o braço, girou e abriu o placar. No segundo tempo quando o jogo estava 1 x 1 e o Milan com dificuldades em avançar, Cassano sai para a entrada de Pato, que aos 36min recebe do “guerreiro” Gattuso, e em jogada individual passa por dois defensores e marca um bonito gol para fechar o placar e dar uma liderança confortável dos Rossoneros (55 pontos) em relação aos Nerazzurri (50 pontos).
     Mudando para “O futebol mais caro do mundo”, os Merengues conseguiram um importante vitória 2 x 0 sobre o Levante. Com um time misto, o técnico português, poupando os titulares para próxima partida da Champions League, começou com: Kaká no lugar de Ozil, Benzema no lugar de Adebayor, Xabi Alonso deu espaço para Lass e suspensos Casillas e Pepe não jogaram. Em excelente jogada de Di Maria, ao passar por 3 defensores do levante, ele invadiu a área deu o passe para Benzema completar (6 min. Do 1º tempo), em cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, o compatriota Ricardo Carvalho colocou a bola pra dentro e finalizou a vitória. Assim o time da capital(60 pontos) se aproxima do líder Barcelona (62 pontos), porém o time Catalão tem um jogo a menos e a chance de ampliar a liderança.
     Falando em técnico português, Mourinho, considerado um dos, senão o melhor do mundo, atingiu a marca histórica de uma invencibilidade de 148 partidas jogadas em casa por campeonatos nacionais. Passando por 4 times e 4 países, o Luso tem 38 partidas invictas em casa pelo Porto, 60 jogos invictos no Stamford Bridge, pelo Chelsea e 38, no San Siro ,pelos Nerazzurri. Uma incrível trajetória para ninguém botar defeito!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Agradável Surpresa!

   
     Talvez por falta de um time que eu torça, somando a baixa qualidade técnica de muitos jogos, devo confessar que não acompanho muito o Campeonato Catarinense. Pois bem, no último sábado fiz questão de aproveitar a folga e me dirigi ao estádio Heriberto Hülse para acompanhar uma das semi-finais do primeiro turno entre Criciúma e Chapecoense. E para a minha surpresa, com um olhar isento pude observar uma agradável e emocionante partida.
     Por conta da melhor campanha, o Criciúma tinha a vantagem do empate. Porém ao se analisar as escalações, parecia que a Chapecoense, atuando com três zagueiros, viria para se defender e especular o gol da vitória. Só parecia. O que se viu foi o time do Oeste jogando de maneira agressiva, dando um tom de paridade até o final do confronto.
     Ao escalar dois meias-ofensivos no meio-campo, o até então muito elogiado Guilherme Macuglia abriu um imenso espaço no meio do Tigre. Valdo por exemplo jogava de centro-avante, e fazia gols, na divisão de acesso em 2010. Junto com Roni (habilidoso e diferenciado) aproximaram-se em demasia aos atacantes, formando literalmente uma linha na frente. Ficaram escondidos entre o trio de zagueiros. Os volantes ficaram sobrecarregados e o Verdão tomou conta do jogo. Os alas Thnoi e Badé jogavam com liberdade apossando-se da meia-cancha. Porém a Chapecoense não conseguiu abrir o placar e já ao final da primeira etapa o Criciúma começou a dominar o jogo, dando sinais de que achara o caminho para chegar à final.
    Melhor posicionado o time do sul do Estado iniciou o segundo tempo pressionando o adversário e logo conseguiu o seu gol. Em um belo cruzamento, o volante-lateral Pirão achou Schwenck na área e o matador não desperdiçou. Era o momento do Tigre administrar a boa vantagem e levar o jogo com tranquilidade até o final, pois o própio treinador tratou de desfazer o ajuste do intervalo. Ao substituir Valdo, o correto era manter a estrutura do meio ou até reforçar a marcação com outro volante mas não, fez entrar um centro-avante de pouca mobilidade,  recuando o já cansado Schwenck para a criação. O vazio no meio outra vez se fez presente. Ao mesmo tempo que trouxe o time do Oeste para cima, perdeu o contra-ataque. Mais tarde, teve a intenção de desfazer o equívico porém a Chapecoense já havia crescido novamente na partida. Conseguiu o gol de empate em um frango, sim senhores da imprensa foi um típico frango, do até então seguro Andrey. Os últimos minutos foram emocionantes, com investidas perigosas do Verdão pelos lados, porém o Criciúma soube se defender. Somente em uma falha do zagueiro Rodrigo houve clara situação de gol.
     Agora, por um regulamento equivocado na minha opinião, o Criciúma irá até o Scarpelli com a necessidade de vencer o Figueirense. Penso que não final um time não merecia ter vantagem tão grande assim. Porém ambas as equipes vêm fazendo boas campanhas e clássicos costumam surpreender e pulverizar vantagens. O título é possível mas inegavelmente é tarefa das mais ingratas. A única certeza que tenho é que valeu a pena abandonar o agradável frescor do litoral para desfrutar do calor proporcionado pelo nosso glorioso Catarinão.
 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Faceiro? Ainda não!






     Foi o primeiro obstáculo de uma longa jornada e o Grêmio o superou sem dificuldades. Em competições como a Libertadores a supremacia em seus domínios lhe dá segurança para arriscar mais lquando se atua longe de casa. Os bolivianos, base da seleção nacional, mostraram que na competição poucos times são realmente frágeis, portanto muito respeito sempre. Renato anunciou com 48h de antecedência que iria para cima do Oriente, esqueceu de armar seu time para tal. 
     Dez minutos de jogo foram necessários para perceber que o tal esquema faceiro não iria funcionar. Os piriquitos tocavam a bola no meio sem encontrar resistência. Carlos Alberto não compôs o losango e toda hora era visto afunilando o jogo pela esquerda. Nossos laterais, os dois com características ofensivas, pouco avançavam pois não havia cobertura e quando o faziam, abriam muito espaço na defesa. Paulão, criticado por alguns torcedores, teve sua atuação prejudicada por encontrar a todo momento jogadores livre no seu lado do campo. Tendo sempre que correr atrás da bola o tricolor pouco conseguiu atacar e o pênalti já no final foi um alento para 45 minutos preocupantes. A simples fixação de Lúcio ao lado do impecável Rochemback devolveu um pouco, eu disse um pouco, de equilíbrio ao time. Carlos Alberto pôde se aproximar mais da área e de Douglas, melhorando assim seu futebol. Os laterais tiveram mais segurança para atacar, cresceram ambos. A diferença entre os times escancarou-se e a vitória veio ao natural. 
     Sempre vi o Grêmio fazer suas melhores partidas quando consegue literalmente amassar os adversários e ontem não foi assim que o triunfo foi alcançado. Me sinto mais seguro vendo o time jogar dessa maneira. A entrada de Adílson, ou outro volante, recuando o LATERAL Lúcio para a sua posição de origem resolveria várias destas questões. O termo que eu estava procurando para descrever tudo isso me veio em mente agora, imposição física. Não perderíamos a ultrapassagem pelo lado esquerdo. Os dois laterais poderiam até, em determinados momentos, avançar simultaneamente, pois teriam a ajuda dos volantes. Ao contrário de muitos torcedores, fiquei com a impressão de que Borges e André Lima podem sim jogar juntos. Abriram bons espaços para a infiltração dos meias. André não jogou tão bem, mas não atribuo isso à entrada do outro centro-avante.
     Não quero que digam que dediquei um post inteiro para criticar o time após uma expressiva vitória de 3 a 0. É esse o momento de apontar falhas. Penso que estamos no caminho certo. Tanto que apenas com uma mudança resolveríamos as questões anteriormente citadas. Temos vários bons jogadores para diversas posições e um senhor técnico, que ao contrário de outros por aí, não tem medo de arriscar. A torcida compareceu em bom número, foi maravilhosa e empolgante. Nesse ambiente favorável e na batida do bumbo dos geraldinos, faceirisse é o que ao final vai estar estampado em nossas faces.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ousadia Recompensada






     Após a derrota no clássico local, Cuca vez diversas alterações no time do Cruzeiro. Trouxe Gilberto novamente para a lateral-esquerda, recompôs o meio-campo com dois volantes liberando assim os seus meias e trocou o atacante Thiago Ribeiro, de fracas atuações nos últimos jogos, pelo excelente Wallyson. O garoto preencheu muito bem o lado direito junto com o lateral Pablo, outra promessa do time da Raposa. Roger e Montillo foram impecáveis, fazendo com que o time alternasse jogadas pelos dois lados. A estreia do zagueiro Victorino e o retorno de Henrique ao seu lugar devolveram consistência defensiva. Incrivelmente o Estudiantes apresentou estranha falta de combatividade no meio e seus três zagueiros jogaram o tempo todo em linha, permitindo seguidamente a ultrapassagem dos meias cruzeirenses. Com a goleada de 5 a 0 sobre os argentinos, o azul-celeste deu um passo importante para a classificação, fez saldo e mostrou o melhor futebol entre os times brasileiros no ano.

Luxo, Requinte e Emoção

     Uma delícia! Assim eu gosto de adjetivar sempre o iníco da fase eliminatória da Uefa Champions League. Grandes clubes e os melhores jogadores duelando com raça em belíssimos estádios. Na terça-feira, o Tottenham escancarou a diferença atual entre o futebol inglês e o italiano (entre clubes, obviamente). O Milan sentiu a ausência de Cassano, Robinho foi discreto e Pato teima em não aproveitar as suas oportunidades. O goleiro Gomes foi perfeito. Ficou difícil para os rossoneri alcançarem a classificação, principalmente porque os Spurs contam com a volta do craque Bale.  Na outra partida do dia, destaque para o gol do eterno Raul, maior artilheiro da competição, que fará o Schalk 04 jogar com tranquilidade frente ao Valência na Alemanha.
     Ontem sim foi o dia dos brasileiros brilharem na competição. Luiz Adriano, Jadson, Willian e Douglas Costa foram um verdadeiro terror para a defesa do Roma e conseguiram uma vitória que deve estar sendo considerada histórica lá para as bandas da Ucrânia.O ex-gremista fez um golaço e deve marcar presença na lista de Mano Menezes para as próximas Olimpíadas de Londres. A capital inglesa aliás assistiu a partida mais esperada das oitavas-de-final. Arsenal e Barcelona fizeram uma partida de luxo. São dois times que apresentam filosofia ofensiva e não deixaram de afirmar suas características. O Barça marcou pressão e manteve sempre a posse da bola, porém os ingleses não se intimidaram e conseguiram encaixar seus contra-ataques. Há tempo é o melhor time que adota essa estratégia. Engraçado que exatamente na hora dos gols do Arsenal, ouviram-se foguetes na nossa cidade azul. Coincidência, foi o Rafinha ou teríamos torcedores assim tão declarados dos Gunners em Tubarão?

     Sem Surpresas

     A Copa do Brasil teve início e a zebra ainda não se fez presente. Os grandes times conseguiram seus objetivos já no primeiro jogo. O Flamengo apresentou dificuldades e precisou que o pequeno Murici cansasse para conseguir os seus gols. O time não parece estar pronto. Apresentou lentidão e o sistema defensivo é confuso. Um pouco de qualidade e os alagoanos poderiam ter aberto o placar. Ronaldo Angelim na lateral não vai dar certo e pior ainda são os zagueiros que o substituem, o Mengo precisa contratar. O jovem Negueba, da equipe campeã da Copa São Paulo de Juniores, confirmou qualidades e torna-se opção importante. Mesmo que só tenha vitórias até o momento, o que preocupa os Rubro-negros é que tanto Botafogo quanto Fluminense apresentam maior entrosamento e jogam um melhor futebol.





quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Foi Dada a Largada!


     Disputa, entrega, carrinho, pressão, habilidade. Começa a ganhar corpo a Copa Libertadores 2011.Objeto de desejo e competição prioritária do calendário nacional, a LA11 deve ratificar a hegemonia do futebol brasileiro no continente. Após a inesperada eliminação do Corintnians logo na primeira fase e estréias sem brilho de Fluminense e Santos, nada digno de preocupação, os outros três times completam essa semana suas partidas de estréia. Favoritos ao título, torna-se pertinente fazer uma análise dos nossos clubes, virtudes, defeitos e quem larga na frente na conquista da bela taça que lhes exponho.

CRUZEIRO - O time mineiro surpreendentemente enfraqueceu o seu elenco em comparação à temporada anterior. A inexplicável venda de Jonathan para o Santos, além de reforçar, e que reforço, um adversário direto, abriu um vazio na lateral-direira. Cuca se viu obrigado a recuar o excelente Henrique para compor o quarteto defensivo. As vindas de André Dias e Leandro Guerreiro mão me parecem acrescentar muito. Alías, o time vem jogando apenas com o volante na frente da zaga, quatro meio-campistas de chegada e Wellington Paulista no ataque. No clássico local, mostrou-se frágil defensivamente. Com a estréia do zagueiro uruguaio Victorino, de ótima participação como lateral no Mundial 2010, o técnico pode restabelecer sua linha de volantes. Claro, Montillo é o diferencial e pode repetir o último torneio, quando carregou a Universidad de Chile às semi-finais.

FLUMINENSE - Um time forte, um bom elenco e um treinador experiente. O Tricolor das Laranjeiras, atual campeão brasileiro, entra forte pensando em igualar o ano de 2008. Tudo para ser considerado um dos favoritos, porém uma questão intrigante coloca em dúvida o sucesso do time. Atuando no 4-4-2 clássico com um quadrado no meio e fugindo das características dos times do técnico Muricy Ramalho, a equipe vem apresentando sérios problemas defensivos. Curioso, que o Flu teve a melhor defesa do último Brasileirão. Parece que Muricy sempre demora um pouco pra acertar seus times, o que pode explicar o fato de um técnico tão competente ainda não ter este título (aliás, competições do primeiro semestre não?). Somando-se a isso, o grupo dos cariocas é o mais disputado da competição, com os perigosos portenhos do Argentino Jrs, os raçudos uruguaios do Nacional e os habilidosos mexicanos do rico América. O empate em casa com os argentinos, deu uma mostra da pedreira que aguarda o tricolor. Se classificar, não deve ser com muitos pontos, o que indica pedreiras já no começo da fase eliminatória. Entretanto, uma boa campanha contra fortes equipes, pode embalar o clube e fazer com que a linda camiseta apresente uma estrela inédita no próximo ano.

GRÊMIO - Apoiado na mística da sua tradição copeira e na esperança do comando do seu maior ídolo, a torcida do imortal tricolor sonha em ver esta bela taça voltar para um lugar onde ela cai tão bem. Após um último semestre valioso no ano anterior, o Grêmio começa a temporada misturando momentos de esperança e preocupação. Com a perda e a não reposição de Jonas e Fábio Santos, a equipe perdeu um pouco da mecânica que tão certo deu no último ano. As jogadas pela esquerda, com a ultrapassagem do Lúcio, já não aconteçem com tanta frequência e naturalidade. O ataque perdeu demais em qualidade e a torcida torce para que Borges tenha a sequência que ainda não conseguiu. Porém o técnico Saint Renato Portaluppi já mostrou que tem muita capacidade de formar boas equipes, além de qualidade notória no comando do vetsiário e na motivação dos seus jogadores. O Tricolor dos Pampas sempre realiza boas campanhas, e com o apoio da sua fanática e enlouquecida torcida, pode pintar novamente a América de azul, preto e branco.

VERMELHINHOS - A macacada da Beira-Rio entra como detentora do título da Libertadores. Querem apagar o vexame contra o Mazembe Imortal conquistando o tri da América. Desde a saída de Sandro e Taison, o time perdeu encorpamente e velocidade de chegada ao ataque. Apresenta qualidade e capacidade para reter a bola, porém não consegue agredir o adversário. Celso #nuncamaisnomeutime Roth comprova a falta de habilidade em sustentar bons e longos trabalhos. Deu sorte em chegar no final da competição com o time precisando de apoio e rápida mobilização, aí sim sua especialidade. Claro, com o enriquecimento como instituição nos últimos anos, "eles" possuem um elenco superior. Kléber, Tinga, D´alessandro, Guiñazu, Leandro Damião formam um time competitivo. A chegada dos argentinos Cavenagui e Bolatti acrescenta e mostra poder aquisitivo. Tá, todo mundo sabe que os coloridos são fortes e podem, mas não vão, ganhar a competição, só que não to afim de ficar elogiando muito.

SANTOS - Seguindo fielmente a letra do seu hino, o Santos vem dando a bola no futebol brasileiro. Dirigido por um bom técnico, inteligente e com experiência vencedora na Libertadores como jogador, o time do Rei larga na frente em busca da glória. Adilson Batista possui jogadores versáteis e de qualidade técnica invejável e ele gosta de trabalhar assim. Neymar, Elano, Ganso são diferenciados. Arouca, , Léo, Jonathan, Possebon (que volante!), Diogo, possibilitam ao técnico formar o time de diferentes maneiras. Sem falar em Keyrrison, Maycon Leite, Zé Love, que se alternam na titularidade sem perda de efetividade. Curioso que justamente tal possibilidade de variação, pode ser a pedra no calcanhar do time. Adilson costuma dizer que gosta de armar seus times de acordo com o adversário e essa filosofia já fez com que ele tivesse fracasso em outros trabalhos. Temos aqui um exemplo recente, ontem contra o Deportivo Táchira na Venezuela, ele entrou com três volantes e Elano na armação, claramente não é assim que o Santos joga. Portanto se o técnico não quiser reeditar seu apelido de Professor Pardal e Pelé resolver se fazer ausente nos momentos importantes, o Santos finalmente pode reeditar noites de sonho na Vila Belmiro.

     Façam suas apostas, acham que alguém pode tirar este título do Brasil? A Copa vai começar!



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sejam Bem-Vindos ao Futebol Brasileiro

     Saudações meus caros amigos! Quero desejar boas-vindas a todos nesta primeira postagem.
Se tem algo que vem me irritando há algum tempo é ter que responder sobre futebol com 140 caracteres. Não tem como. Tive que criar este novo espaço para expor minhas opiniões sobre a nossa maior paixão. Espero que o "zappelota" se torne um celeiro de boas discussões. Vamos lá!
     Próximo de completar 7 meses de trabalho na frente da Seleção Brasileira e depois de duas derrotas frente a seleções de expressão, o técnico Mano Menezes começa a sofrer as primeiras contestações de pessoas próximas ao ditador Sadan Ricardo Mubarak Texeira. Contestam as últimas convocações e as substituições realizadas pelo treinador no amistoso contra a França. Esta notícia nos permite fazer uma avaliação sobre o atual momento do futebol canarinho.
     Ao assumir o posto de comandante da seleção, Mano fez questão de ressaltar a necessidade que tínhamos de resgatar o protagonismo ao se jogar futebol. Considero um pensamento acertado do treinador. Nunca fomos o time do contra-ataque. A Seleção Brasileira deve sempre querer propor o jogo, certo que sem perder o equilíbrio. A controvérsia é justamente a falta de jogadores que podem hoje serem considerados protagonistas. Após nos acostumarmos a ver atletas de qualidade indiscutível, Mano não conta com qualquer jogador que seja referência em um grande clube da Europa. Kaká pode ocupar esta lacuna, porém ainda é uma incógnita e está longe do seu melhor. Robinho parece ter chego ao limite do seu desenvolvimento como jogador. Ganso e Neymar, principalmente o último, são promessas que precisam de maior confirmação. Alexandre Pato não vem confirmando o que se esperava dele, ser a solução da centro-avância. Entretanto, não é no ataque que se encontra o maior problema.
     Mano vem seguindo desde os tempos de Corinthians o modelo de jogo que um grande número de seleções e times vem usando, o 4-2-3-1 alterando para o 4-3-3. O treinador não encontra bons nomes que componham um meio-campo capaz de exercer tal variação.Os chamandos "wings", precisam ser jogadores que tenham velocidade, profundidade, boa capacidade de finalização e que componham o meio-campo com rapidez sem a posse da bola. Enfim não há um Dentinho, um Jorge Henrique com nível de seleção. Robben é holandês. Robinho, Ramires, Renato Augusto não preencheram as características da posição. O gaúcho sempre apresentou coerência e deve estar pensando em outras alternativas táticas. Porém a estranha convocação de Jadson não demonstra tanta disposição assim em querer mudar.
     Deposito confiança no trabalho, na seriedade e na capacidade de formar bons times que tem Mano Menezes. Tenho certeza que ele pode levar o Brasil ao título em 2014. Até lá nossos clubes revelarão outros possíveis protagonistas. Até lá discutiremos diariamente partidas, convocações, escalações e desempenhos. Enfim, sejam bem-vindos ao futebol brasileiro!