terça-feira, 10 de maio de 2011

Na Letra do Erre

  

     Renato é uma raposa que entende realmente muito de futebol. Reconheceu antes de nós, relos mortais, que diante da ruindade do Grêmio não teria razões para acreditar na reconquista da tão requisitada Libertadores. Resolveu então, com reciprocidade do seu rebanho, arrematar com rigor o regional. Foi aonde o clube ralou com raiva e raça. Reitero, respiramos apenas o ruralito. O Grêmio ressentiu-se menos do revés da quarta. O Remendão parecia nossa residência.
     Os reservas do Renato arrasaram no clássico. Mário Fernandes resgatou resbonsabilidade à lateral. Fernando jogou recuado, com raciocínio, restringiu-se ao desarme. Viçosa no início, deixou seu reitor quase rouco e ressabiado, porém deu seu recado, redimiu-se. Duas raquetadas para a redenção. Coube à Renan a reverência. Escudero está reintegrado. Quando recrutado para atuar no seu rincão, mostrou recurso, que é do ramo. Sua expulsão foi o único erro de Jean Pierre, erros reicidentes aliás. A revelação Leandro é raridade. Passou repetidas vezes de rasante pelo ridículo Nei. Fez gol de Romário. De nada resolveram as relinchadas e rasteiras de Bolatti e Bolívar, relíquia. Entretando, foi o titularíssimo, o robusto, a rocha Rochemback, que como uma ave de rapina no céu reluzente rasgou a resistência rival. Que roteiro, vitória ratificante. Desta vez sem reclamações, sem remórcio, sem o ranço do rude e rabugento Roberto Siegmann. O rugido não reapareçeu.
     Decisões sempre nos deixam receosos e reticentes. Mas foi sim uma redenção entre time e torcida. No momento, o Grêmio apenas romanceia a taça. A revanche será no próximo domingo. Muitas discussões até o derradeiro confronto. Agora, para terminar essa resenha, quero redigir uma rima para registrar uma raridade que rondou as redes sociais, razão única para eu ter enrolado com tanta palavra com a letra "erre" até aqui:
" Meu ídolo causa reboliço aonde chega, o teu rebola e rodopia querendo se mostrar.
Meu ídolo arremata loira, morena e negra, o teu repudia tudo isso, sempre querendo revezar.
Então gremista, se algum dia um colorado retardado, vier com essa rixa de querer-lhes comparar, diga rapaz não te emociona, que o Renato roeu a roupa do Rei de Roma, mas recrutou um tenista para o serviço terminar."

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Meu Fiel Amigo, o Imponderável!

     
      Poucas vezes presenciei o Grêmio ir tão fragilizado para uma decisão como esta noite contra a Universidad Católica no Chile. Sucessivos fracassos, falta de reposição qualificada, más atuações principalmente fora do Olímpico, e agora esse tsunami de lesões assolam o clube nesta temporada. Beira o inacreditável constatar que não teremos jogadores para completar um banco de reservas. Para piorar o quadro, enfrentaremos novamente uma equipe qualificada, de categoria, cujo técnico Juan Antonio Pizzi, um argentino, encorporou ao time o estilo cadenciado de toque de bola dos hermanos. Enfim, prognóstico muito reservado. Pois teimo em não deixar de acreditar por algumas razões, a primeira delas, de minha preferência, mais racional.
     Se o chamado time titular começava a dar sinais de que não apresentaria maior evolução, a troca de jogadores com resposta insatisfatória (Borges, Gabriel e Willian Magrão) pode fazer surgir atletas com melhor desempenho. Oxigenar a escalação. Todavia nem é tão nos nomes que aguardo tal transformação, espero que os desfalques sirvam para Renato encontrar uma idéia melhor de time, com formatação mais equilibrada. Está claro que uma das falhas da mecânica de jogo é a recomposição do sistema defensivo quando se perde a bola no campo de ataque. Com a entrada de Vilson teremos um jogador mais plantado em frente a área, facilitando o trabalho dos zagueiros. Aliás, não entendo porque o Renato ainda não trocou Rockembach de posição com o Adilson, assunto esse pra outra hora. Hoje, teremos novamente a proteção tão suplicada de um cão de guarda na nossa área, e por aí o Grêmio pode construir a vitória.
     Uma das lições deixada pelo Grenal foi que zagueiros e laterais ficaram mais seguros com a entrada de um terceiro defensor. Rafael Marques e Rodolfo tiveram poucas falhas, Gílson foi até razoável sem tanta responsabilidade de marcar e Gabriel fazia ótima partida até a lesão. O erro foi ter deixado o garoto Leandro no banco. Para a batalha de logo mais, é este o time especulado e ainda não confirmado pelo treinador: Marcelo Grohe, Mário Fernandes, Rafa Marques, Rodolfo e Gílson, Vílson, Adílson, Fernando e Douglas, Leandro e Viçosa. Melhor ainda se Mário fosse escalado como zagueiro pela direita. Se não é zagueiro e nem lateral, pois que jogue de zagueiro-lateral, qualidade pra ser titular ele tem. Anseio que a presença dos dois jogadores que explanei um pouco mais faça com que o gol fique longe de ser uma possibilidade constante pro adversário. E então que se faça o que sabemos fazer melhor, atacar, bola parada. Aproveitar o número maior de jogadores altos para surpreender os nanicos chilenos. Jogando quase nada, muitas vezes esse ano vi esse time fazer dois ou mais gols longe de Porto Alegre.
     Compartilho com as críticas de que não adianta ficar evocando a Imortalidade, que para ganhar há de se formar um bom grupo. Porém seria injusto não dizer que ela está sim presente na vida desse clube. Foram estes momentos que me tornaram hoje tão fanático assim. E é essa a outra razão que me faz tanto acreditar na classificação. Estamos falando de Grêmio. Instituição aonde as jornadas épicas são rotina e o imponderável é amigo fiel.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Da Limonada ao Limão, Felipão é Campeão!


     É o Palmeiras que dita o ritmo do Campeonato Paulista. Seguido de perto por seus rivais, o alvi-verde contraria as previsões e há algumas rodadas mantém-se na dianteira do certame. Mesmo com um grupo reconhecidamente de qualidade inferior, consegue os resultados que lhe convém de forma segura. Luiz Felipe Scolari , semelhante aos jogadores quando repatriados, demorou um ano para readaptar-se ao futebol nacional. Uma temporada para esquecer os elencos qualificados, o futebol bem jogado, a fria e pacata tranquilidade encontrada em solo europeu. Melhor, parece ter finalmente encontrado o bom e velho estilo Felipão. Como ninguém, segue a risca o ditado "fazer de um limão uma limonada". Engraçado que o limão é ele mesmo quem colhe.
   Os méritos do treinador são antigos e conhecidos. Grande capacidade para armar equipes competitivas, defesas sólidas, explorar os pontos fortes do seu time, encontrar atletas úteis e com características bem definidas. Porém é no dia-a-dia, criando e contornando polêmicas, que ele consegue fazer a diferença. As críticas à qualidade do plantel quase sempre partem do treinador. Peita de frente com seu torcedor, reclama abertamente dos dirigentes. Na verdade o que faz é centralizar e ao mesmo tempo desviar críticas e responsabilidades. Sabe que até um jogador mediano pode render bem quando ausente de pressão. Ele precisa de inimigos para fechar o grupo em torno dos seus objetivos. A imprensa aliás é seu alvo predileto. Avista ofensividade em qualquer pergunta, colocação, até em um simples convite para tomar café. Essa é uma história interessante.
     Uma vez fui a um hotel em Criciúma aonde o Grêmio estava hospedado para jogar uma partida da Copa do Brasil de 1996 contra o Tigre. Aos 13 anos tive a alegria de almoçar na companhia de grandes ídolos como Danrlei, Jardel, Roger e Paulo Nunes. Em meio a tanta euforia, flagrei duas cenas curiosas, que nunca sairão da minha memória. Primeiro, um morador local se aproxima de Scolari e o convida para degustar um capuccino em uma cafeteria tradicional da cidade, a resposta? Bem assim, na segunda pessoa e com sotaque do Lima Duarte na novela das seis.
-Rapaz, pensas que eu não sei que tu só queres que eu vá contigo pra dizer que és amigo do Felipão?
Logo em seguida Paulo Nunes adentra o ambiente com uma cara de sono descomunal e a camiseta vestida do lado contrário. Muito atento, o treinador não deixou passar barato. Vai pensando no Lima Duarte.
- Mas tchê Paulo, tu estais lançando moda agora? Fartos sorrisos entre os presentes.
     Acho que estas passagens resumem bem a personalidade de Luiz Felipe. Azedo como um limão para quem lhe é estranho e doce e agradável para seus comandados, como uma boa limonada.


      

segunda-feira, 28 de março de 2011

Doentes por um Centro-Avante!

    
     Minha formação acadêmica me permite afirmar que a maioria dos dependentes químicos têm dificuldade em se aceitar como doentes e se assumir como únicos responsáveis por seus vícios. Adriano enquadra-se com exatidão nesse perfil. Na sua última entrevista a Rede Globo,.o atacante tratou sua patologia como algo totalmente secundário. Fala como se não fizesse parte da sua rotina. Ainda faz questão de culpar os clubes por seus insucessos. Diz com satisfação que sua carreira internacional acabou, como se tivesse triunfado em continente europeu e decidido retornar ao Brasil por vontade própria. 
     Em atitude precipitada e equivocada, está assinando um contrato de risco com o Corinthians. Pode ser sua última chance no futebol. Deveria estar melhor condicionado fisicamente e ainda mais psiquicamente para reabilitar-se sob tamanha pressão. Gilmar Veloz, há muito tempo ao lado do jogador e sabedor dos problemas que o assolam, gostaria que ele parasse por um tempo até ter mínimas condições para exercer a profissão de atleta. Hoje o empresário anunciou o rompimento da relação. Adriano acredita ser Ronaldo um melhor conselheiro, "ele vai me colocar nos eixos" foi o que disse. Parece a típica situação do filho problemático que se rebela contra os pais para morar com seus amigos. Não enxerga quem realmente quer seu bem. Cria inimigos aonde não existem, sobrou até para o clube do coração. 
      Reclama que o Flamengo através de seu técnico tenha vetado sua contratação. Cabe a pergunta, alguém gostaria que seu time adquirisse um jogador com uma lesão grave em vigor? O Imperador é esse atleta e sua lesão uma das mais difíceis de se tratar. Esnobar o atacante no momento é não ocultar o problema, é benéfico. O torcedor rubro-negro vaiando diretoria e treinador mostra ter ficado ao lado do ídolo. Que Adriano não veja seu momento como crítico é até compreensível, agora a atitude dos flamenguistas tumultuando um ambiente positivo e vencedor é totalmente descabida. Luxemburgo se defende e diz que há dinheiro por trás dos protestos. Intrigante. Devem ser as fracas atuações do centro-avante Deivid que estão fazendo a nação também adoecer.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma Boa Idéia?

     Estive aqui pensando, mesmo que possa ser absurdo trocar de esquema no momento, concluí que o 3-5-2 pode ser uma boa opção para Renato armar o time do Grêmio. Vejamos:
     O plantel possui zagueiros jovens, de qualidade e velocidade, e que fazem muito bem a lateral do campo: Mário Fernandes, Neuton e Saimon. Encaixariam perfeitamente na função de stoppers, nomenclatura usada pelo treinador Tite para definir os zagueiros que compõem o lado do campo. Na posição de líbero, zagueiros de habilidade, com boa saída de jogo e com característica de volante, Rodolfo e Vílson. Desempenhariam função semelhante à de Edmílson na Seleção Brasileira da Copa de 2002. Engraçado como o futebol de Vílson parece com o do zagueiro campeão mundial. Vejo aqui uma importante oportunidade de resolver o preocupante defeito da bola aérea. Os zagueiros poderiam ainda realizar ultrapassagens e surpreender os adversários. Ganharia-se força pelos lados.
     Para as duas primeiras funções do meio dispõe-se de quatro volantes versáteis, com boa chegada a frente: Rockembach, Adílson, Fernando e Willian Magrão. Aqui, não temo a possibilidade de cometer um erro comum quando usado tal esquema, transformá-lo em um 5-3-2. Os laterais tricolores sabem bem preencher o meio-campo. Lúcio já atua dessa maneira e Gabriel tem qualidade para tanto. Portaluppi já admitiu usar o lateral-direito como espelho de Lúcio. Gílson e Maylson seus reservas. Claramente menor qualidade, porém sem perder muito as características do típico ala. A armação principal ficaria a cargo de Douglas ou Carlos Alberto, com óbvia preferência ao primeiro. O ataque não mudaria em qualquer formação.
     Renato disse que não morre de carinhos pelo 3-5-2. Também não é meu preferido. Todavia aprendi que bons técnicos montam suas equipes a partir das características que o grupo lhe oferece. Valorizo o devaneio em uma noite em que o sono tardou a chegar, é nestes momentos que as boas idéias se fazem presente.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Me Engana que eu Não Gosto!

     
Telefonema de um torcedor do Grêmio ao técnico Renato Portaluppi:

TG: - Olá Renato, tudo bem? Aqui é um torcedor do Grêmio, podemos conversar um pouco?
RG: - Podemos sim, sem problemas, mas veja bem, eu não falei contigo entendeu?
TG: - Aham! Então queríamos saber o que você vem achando das atuações do time.
RG: - O time está bem, estamos melhorando, entendeu?. Não vejo ninguém melhor que a gente entendeu?. Temos resultado.
TG: - O senhor realmente achou satisfatório os últimos empates e derrota contra times medianos?
RG: - Estamos na final do Gauchão e quase classificados na Libertadores, o time vai se acertar, tenho certeza. Ta cheio de time grande aí se complicando entendeu?
TG: - Mas Renato, ta todo mundo vendo que jogadores como Gílson, Viçosa, Clementino não servem pra jogar no Grêmio. Realmente esperas alguma evolução?
RG: - Claro que sim. Eles estão trabalhando comigo. Vou ensiná-los a jogar futebol entendeu? O Jonas aprendeu comigo.
TG: - Hum, achei que ele já vinha bem antes da sua chegada. E Renato, ainda tem o Carlos Alberto...
RG: - Carlos Alberto é bom jogador. Os outros que o escalavam mal. Vou fazer ele jogar taticamente de novo. Sou quase um midas futebolístico.
TG: - E porque o Escudero não tem as mesmas oportunidades que ele?
RG: - Ah, essa é fácil. Você assiste ao treino? Viaja com a gente? O Carlos Alberto conversa com todo mundo, é amigo do pessoal. Ainda mais que foi indicação minha. O Escudero eu nem conheçia. Pra descontrair dei até a 24 pra ele...(risos). 
     No fundo escuta-se jogadores também aos risos e Douglas dizendo: - Hahaha, o argentino é v......  
TG: - A maioria dos jogos você faz uma substituição ainda no primeiro tempo. Não é sinal de que está escalando mal o time?
RG: - Na verdade nós estamos entrando a 50% e o adversário a 100% entendeu? Substituo para dar uma agitada nos meus jogadores. 
TG: - Mas três vezes Renato, sempre a mesma desculpa, seria coincidência? Sei lá, terminamos o último jogo com três laterais esquerdos...
RG: - Quer vir treinar o time no meu lugar?
TG: - Que isso Renato. Torço pra ti, és meu ídolo. Mas já que desse brecha, e os rumores da sua saída pro Fluminense?
RG: - Não sei de onde saiu tudo isso entendeu? Escutei a tal entrevista. Aquele não era eu. Devia ser o meu fake do twitter, que é famosíssimo e engraçado demais. 
TG: - Hehehe, eu sei, sigo ele também. Poisé Renato, estou preocupado, nada do que você disse anteriormente conseguiu me convencer.
RG: - Não se preocupa garoto, esquece tudo que eu falei, foi tudo um trote entendeu?

Não senhor, não entendi!





quinta-feira, 17 de março de 2011

Opinião Nada Imparcial, e com Orgulho!


     Está selado o acordo entre o Grêmio e a Rede Globo de Televisão. Mãos apertadas e sorrisos de satisfação ao anúncio da parceria. Mesmo que Paulo Odone e Antônio Vicente Martins tentem argumentar a favor da decisão, eu não consigo vê-la como benéfica para o clube. Sou leigo no assunto, não estou por dentro dos bastidores, não tenho informações sigilosas para dividir com os leitores. Transmito somente minha opinião. Opinião de torcedor, de quem não tem ambições políticas, isenta de vaidade. A tão deprezada opinião apaixonada. Só que li em um bom artigo de um torcedor cujo falho em não recordar o nome, que é justamente a paixão que faz a marca do Grêmio ser diferenciada.
     O vice-presidente de futebol me explicou através do seu twitter que a vantagem da Globo era o alcançe da transmissão e a sua superior audiência. Ótimo, é o nome do time exposto em todo território nacional e a camiseta vista por um número maior de expectadores. Verdade também que quase a totalidade dos jogos transmitidos terão Flamengo e Corinthians como adversários. A marca do Grêmio realmente crescerá, a dos outros dois se agigantará. Como sou torcedor de fora do Rio Grande fico à vontade em afirmar, o Grêmio não é um time nacional, é regionalizado. Sobrevive das suas raízes, do jeito peculiar do gaúcho de jogar e torcer. Da exigente e chata imprensa local, da rivalidade, dos seus sócios. Quem não nasceu no Sul torce pro Grêmio justamente por se identificar com tudo isso. Não precisa de divulgação, a imortalidade o projeta.
     Paulo Odone deu ontem entrevista coletiva divulgando os valores da negociação. Grande, triplicamos nossa renda. Daqui há alguns anos não haverá a necessidade de anteciparmos renda. Daqui há alguns anos, não na sua gestão né senhor? .O dinheiro da Globo no momento é bem vindo, sem precisar se endividar ainda mais com o Clube dos 13. O credor agora é outro. Parece fácil constatar que nesta matemática não é a soma o fator aplicado, e sim a multiplicação. O triplo do nosso rendimento, fica longe quando comparado aos do chamado Grupo 1. A diferença aumentará sempre de maneira exponencial. Poderia ainda discorrer que me preocupa um certo desejo de reconhecimento e grandiosidade do nosso presidente, que temos compromisso moral em apoiar Fábio Koff, pessoa que se sacrificou demais pelo bem do clube, ou que estranha se posicionar ao lado da CBF em quaquer discussão, me alongaria demais.
      Percebe-se que não tive a intenção e nem necessidade de expôr números, cifras, artigos e mídias. Seria apenas copiar tudo que li por aí e ajudou a embasar minha opinião. A questão a ser analisada através de toda essa confusão é o reconhecimento. Entristece ver ruir a possibilidade de amenizar essa concentração de renda futebolística. Aproveitar que teríamos grandes aliados como São Paulo, Atlético-MG e um senhor gremista à frente da negociação. Somar forças com o co-irmão e lutar juntos por um objetivo comum. Simplesmente não enxergo meu time menor do que Vasco, Santos, Palmeiras. Aliás pra mim, não somos inferiores a instituição alguma. Quer saber de uma coisa, que apaixonado pela marca que nada, sou é louco pelo Grêmio Foot-Ball PortoAlegrense.

terça-feira, 15 de março de 2011

É Tempo de Craque

   
      Deve-se dar tempo ao tempo? Comumente é a estratégia para que esqueçamos episódios tristes vividos. Entretanto algumas vezes nos prega uma peça o danado. Exatos 199 dias foram necessários para ocultar da nossa memória quanta maestria em campo desfila Paulo Henrique Ganso. Passamos a idolatrar o futebol de Neymar, exaltar a velocidade e habilidade do garoto Lucas. Bons jogadores, ótimos eu diria. Porém o estilo do meio-campista é que me enche os olhos. Apresenta inteligência e sobretudo elegância fora do normal. Alex, nos bons tempos de Palmeiras e Cruzeiro, foi o último jogador a chamar minha atenção por esta característica. Tive a oportunidade de constatar ao vivo o talento de P.H. Ganso, foi na semi-final da Copa do Brasil no último ano, Olímpico Monumental. Ao final do jogo, a certeza de que testemunhara a apresentação de um futuro melhor do mundo. É a grande notícia do futebol brasileiro. Estamos prontos para presenciar lances que nehum tempo será capaz de apagar

Balançou a Estrutura
      Antes de ser chamado à sala do presidente para uma conversa definitiva, Muricy Ramalho resolveu demitir-se do Fluminense. Talvez o fato incomum de ser o empregador o responsável por tomar tal decisão, tenha causado surpresa e a necessidade de buscar outras explicações, quando o motivo foi francamente debatido pelo treinador em diversas entrevistas. Prefiro confiar no Muricy a acreditar na palavra de qualquer dirigente. Ele atingiu um patamar na profissão que simplesmente merece o que há de melhor à sua disposição. Claro, toda crise eclodiu quando os resultados deixaram de aparecer. Mas não é menos verdade que nos tempos do São Paulo ele atravessou momentos semelhantes no início do semestre (já escrevi que o problema é a demora em equilibrar seus times) e com a proteção do presidente Juvenal Juvêncio continuou até triunfar ao final da temporada. Minha admiração por Muricy cresceu ainda mais. Pessoas com boa índole costumas ter suas intenções de trabalho engessadas quando atuam no Rio. Foi assim com Zico. Ao não receber condições aceitáveis de trabalho e perceber que as pessoas de sua confiança eram banidas do comando do futebol o técnico constatou que havia perdido estabilidade. Difícil oferecer bagre a quem está acostumado com robalo (pro Duda!).

quarta-feira, 2 de março de 2011

Gente Grande!

           Que zagueiro é David Luiz! Após a transferência para o Chelsea, hoje temos maior oportunidade de acompanhar o futebol do cabeludo e a cada partida consegue me deixar mais impressionado. O guri tem boa antecipação, muita raça, técnica apurada e contagia o resto do time com seu empenho. Ontem no clássico contra o Manchester United, fez um golaço e comandou os Blues para a virada. Há de se dar méritos ao técnico Mano Menezes que, quando muitos ainda nem o conheciam, trouxe para a seleção e deu vitrine ao jogador. Se Fernando Torres foi a contratação mais cara da história do futebol inglês, é o brasileiro que faz sucesso. Pra melhorar ainda mais a sua imagem, ainda dá entrevista dizendo que sua disposição em campo não é nada comparada à luta diária de um trabalhador brasileiro.  Preciso como a maioria dos seus botes. Ainda quando juvenil, foi dispensado pelo São Paulo sob a alegação que não tinha altura suficiente. Anos mais tarde, mostra que tem cabeça e futebol de gente grande.

Vai ser Pedreira

 

    Hoje a noite, o Fluminense encara o América do México no histórico e lotado estádio Azteca na necessidade de alcançar uma difícil vitória. O time mexicano tem estrutura e conta com bons jogadores como o excelente goleiro Ochoa, o ex-corinthiano Rosinei e o perigoso atacante Vicente Matias Vuoso, fique de olho nesse último. O Flu não contará com os gols do seu artilheiro Fred e tem a esperança de que Conca reencontre seu futebol esquecido em 2010. O argentino equivocadamente vem sendo escalado quase como um segundo atacante, posição onde tem dificuldade de armar as jogadas. Araújo ainda não convenceu Muricy que pode ser titular e a formação será mantida. Em caso de derrota, os tricolores correm o risco de retornar ao Rio quase desclassificados e sem o seu técnico no comando pro resto da temporada. Dizem que logo mais santistas irão a Vila Belmiro fardados com ponchos e sombreros.



   

   

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Começou o Carnaval!



     Final de semana de pré-carnaval pelo Brasil e duas torcidas também resolveram antecipar sua folia. Contrariando as previsões, o Criciúma dirigiu-se à capital de Santa Catarina, não tomou conhecimento da vantagem do Figueirense e faturou o título do primeiro turno do estadual. Guilherme Macuglia mostrou que sabe armar o time também para vencer fora do Heriberto Hülse. Após uma belíssima cobrança de falta de Mika, o Tigre foi seguro na defesa, quase não teve sustos, gelou a torcida nas arquibancadas e mostra estar disposto a retomar a hegemonia regional.
     Um tiro-livre também foi responsável por decidir a final da Taça Guanabara e o Flamengo fez valer a força de sua camisa perante ao bravo Boa Vista. Mesmo que ainda não tenha enchido os olhos do seu torcedor, Vanderlei Luxemburgo consolida o trabalho com vitórias e elas trazem segurança. Ronaldinho fez o que dele se espera, decidiu. Além do gol, o astro participou de boas jogadas, mostrou vontade e começa a justificar o esforço que  a diretoria realizou para contratá-lo. Com sua popularidade, ainda faz a conquista do Rubro-Negro virar notícia mundial. O francês "L´Équipe" chamou a atenção para a comemoração, comparando-na ao carnaval carioca, mas confundiu a Taça Guanabara com o Campeonato Estadual do Rio. Tô visualizando o correspondente do jornal no Brasil tentando explicar pro editor:
     - Então chefe, é como se existisse um campeonato só com os times da região da Ilha-de-França e o PSG tivesse ganho apenas o primeiro turno desse torneio. Agora que eles se garantiram na final de verdade.
Acho que a reportagem sairia da pauta.

Professores em Baixa

     A área técnica dos estádios paulistas parece não estar fazendo bem aos seus habituais frequentadores. Após a eliminação vexatória na Libertadores e mesmo que demonstre recuperação, pode-se dizer que Tite  não goza de total segurança a frente do Corinthians. Adilson Batista novamente afrontou tanto seus jogadores quanto suas características, demitido. Já no jogo que ineditamente seria melhor assistir no VT (tempestade, apagão), os treinadores deram um jeito de entregar o empate para o outro, se assim podemos dizer. Kléber, melhor jogador alvi-verde, saiu de campo esbravejando contra seu comandante. Falou que os pontas palmeirenses são obrigados a acompanhar os laterais e aos são-paulinos era permitida maior liberdade. Assim, na hora do ataque, os tricolores teriam facilidade em fazer a diagonal, "fatiar" foi o termo utilizado por ele. Reivindicou ainda a presença de outro atacante. Análise perfeita do Gladiador. Domínio e 1 a 0 São Paulo. No segundo tempo, Scolari ainda iria padecer da falta de uma qualidade que sempre marcou sua tragetória, coragem.
     Após a infantil expulsão do zagueiro Alex Silva e ainda com a derrota, esperava-se que o treinador avançasse sua equipe e acuasse o adversário. Pois o que fez foi retirar zagueiro e volante amarelados e substituir por jogadores das mesmas características ainda inadvertidos. Queimou duas alterações e ainda perdeu a bola parada com Marcos Assunção. O Palmeiras pouco agrediu o rival e ainda se assustava com os velozes Fernandinho e Lucas. Não parecia ter condições de empatar. Até Carpeggiani resolver mudar a ordem do confronto. Inadmissível retirar ao mesmo tempo Lucas e Dagoberto, ainda mais quando quem entra são os vagarosos Rivaldo e Willian José. Perdeu o contra-ataque e a retenção de bola na frente. Antes, já havia substituido Fernandinho para recompor o trio defensivo. Conterrâneos, fez ele mesmo o trabalho que cabia a Luis Felipe, e na boa jogada iniciada por Valdívia, a igualdade.
     A vida anda mesmo sem graça para os técnicos dos grandes paulistas. Não para nós expectadores. Impossível não se divertir ao presenciar uma boa partida de futebol e as cenas hilarias de natação proporcionadas por aqueles senhores providos de alto índice de massa corporal.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sorte de Campeão!

  
   Dizem que vitórias podem camuflar certos desajustes cometidos. Se o contrário é verdadeiro, achamos o ponto positivo no revés de ontem. A derrota escancarou erros que vêm se repetindo. Não vou falar do mau posicionamento na bola aérea adversária, não quero destacar o número excessivo de passes errados e não pretendo rediscutir os generosos espaços que os laterais entregam ao adversário. Esses estão no grupo dos "erros normais", ou seja, fazem parte de qualquer partida, variam. Um dia o seu time, logo ali o outro. Minha opinião é que o equívoco seja de um âmbito maior, conceitual, mais preocupante talvez.
     Afirmam que na  impossibilidade de contar com Lúcio, Renato escalou mais uma vez Carlos Alberto como meio-campo. Inverdade. Foi Adílson o substituto do meia-lateral. O treinador já declarou que a escalação do Alemão no ano passado era uma improvisação. Havia uma carência para a posição e que Carlos Alberto chegara para assumir aquela função. Que não funcionou todos viram, Renato viu, a substituição foi a prova. Pior, Adilson jogou deslocado. Gilson teve que fazer sozinho o que tem dificuldade de realizar com a ajuda de um exército. Resultado, empate e pressão. O Santo tentou desfazer o erro colocando Bruno Collaço na esquerda e reposicionando Adílson. Melhorou, obviamente. A Avenida dos Ílsons fora bloqueada. 
     O prejuízo na troca é que Bruno está muito longe tecnicamente de Lúcio. No momento de atacar, as jogadas não fluiam com a mesma naturalidade por aquela faixa. O Grêmio tinha a posse da bola, não tinha contundência. O gol da virada foi imerecido, jogávamos com superioridade. Mas sabe como é, Libertadores, longe do Olímpico, arbitragem caseira, conhecemos bem tudo isso, perdemos o jogo. Sem desespero, tudo dentro da normalidade. Entretanto Renato tem que mostrar que aprendeu a lição. Tá faltando o plano B. Outro esquema efetivo quando não temos esse jogador veloz no meio. Com a volta do Lúcio o meio-campo está definido. É o mesmo que nos encantou no ano passado. Ao invés de arrumar o meio, Carlos Alberto pode ter chego para resolver o ataque? Não se pode opinar, ainda não foi testado, mas o jogo ratificou que no centro não funciona.
     Devo admitir, se começei o post preocupado, terminei feliz. Ao ler que fomos covardemente apedrejados e os estilhaços não machucaram nosso treinador, ao constatar que os erros ficaram tão claros, que as soluções naturalmente apareçeram, não tem como não afirmar, esse Renato é mesmo um sujeito de sorte!
     

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Legítimos Palhaços!



     Não se pode tirar a valia do título do Flamengo em 1987. Não tenho lembranças e embasamento histórico sobre o fato e minha opinião foi construída lendo diversos jornalistas afirmando que, na época o rubro-negro foi considerado por imprensa e torcida como o "campeão moral". Os própios clubes reconheciam a conquista carioca. Pronto, decidido. Flamenguistas há anos inflam os pulmões enaltecendo o seu penta-campeonato e nunca presenciei alguém defender o contrário com muito fervor. No máximo uma "corneteadazinha", como se diz. Pois se a moralidade e até a rivalidade legitimam a vitória, estranha e entristece constatar que o clube tenha se curvado às exigências de UM ser humano por uma simples canetada.
     O clube dos 13 aproxima-se da negociação com as mídias sobre os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Fábio Koff sempre mostrou ser um dirigente capaz e de respeito. Desde que assumiu a instituição, a arrecadação dos clubes cresceu vertiginosamente. É o homem certo para defender os interesses dos clubes perante à CBF. Mas o fascista Ricardo Teixeira não quer concorrências no comando do futebol. Quer ser o dono absoluto de tudo. Amarga uma tremenda raiva desde que seu candidato Kléber Leite perdeu a última eleição. Claramente assume posições que prejudicam os que foram contra a sua escolha. Articula com concessões o apoio dos grandes clubes. Libera empréstimos para os aliados. E eles vendem sua alma ao Demônio. A escolha do estádio do Corinthians como sede da Copa é um exemplo perfeito e esdrúxulo de toda essa sacangem.
     Agora os times do Rio resolveram abandonar o clube dos 13. O timão parece seguir o mesmo caminho. Irão negociar diretamente seus direitos de transmissão. Querem maior parte na divisão do dinheiro, porém ja recebem há tempo maior quantia. Fábio Koff quer uma concorrência leal, sem preferências, entre as televisões. Quer que TODOS os clubes enriquecam. Ricardo Teixeira não, ele só pensa na sua conta bancária, ele tem os seus parceiros. Ele escolhe aonde assistiremos aos jogos. Ele decide qual cidade terá o privilégio de sediar uma Copa. Resta-nos reconhecer o seu domínio? Alguns clubes querem assim. Pode não dar certo, ainda sobrou muita gente do bem. O rolo todo tende a embolar. Serão muitas marionetes comandadas por apenas duas mãos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Velho Continente

     Este texto foi produzido pelo meu primo Murilo Fretta, agora correspondente internacional do Zappelota. Quem quiser fazer um texto legal é só me mandar que terei o prazer de postar. Já que aproveitei o espaço para citar terceiros, quero dar os créditos do nome do blog ao meu irmão João Marcelo, que me cobra isso desde o início. O nome teve elogios e aceitação geral. Vai lá Muuka!!

     O futebol do “Velho Continente” teve algumas surpresas e marcas sendo batidas. Em um giro pela “Terra da Rainha” onde a Premier League deu uma pausa para que desse seguimento às rodadas da Copa da Inglaterra a maior surpresa foi a eliminação dos atuais bi-campeões, Chelsea, para um Everton que vem ganhando destaque com um time constante em um jogo que valia o avanço às Oitavas-de-Final. E destaque para o avanço do Man. Utd que com trabalho conseguiu eliminar a zebra Crawley, da 5ª divisão, por 1 x 0 em jogo válido pela classificação às Quartas-de-Final.
      A Copa da Inglaterra é organizada da seguinte maneira: apenas um jogo para cada rodada, se o time perder está fora, em caso de empate é realizado um novo jogo com o mando de campo invertido, se continuar, prorrogação e em seguida pênaltis. Foi o que aconteceu: 1 x 1 em Liverpool e na volta 0 x 0 no tempo normal, aos 14 do 1º tempo da prorrogação Lampard abre o placar, porém aos 14 do 2º o lateral-esquerdo Baines em um cobrança perfeita de falta, na entrada da área, colocou a bola “lá onde a coruja dorme”: pênaltis – Anelka e Ashley Cole erraram e assim a vitória ficou para o Everton – 4 x 3.
     Na Terra do Coliseu, onde os mais velhos demonstram afetividade e carícias como é o caso do nosso amigo Berlusconi e a “somente amiga” Ruby, a Internazionale conseguiu se recuperar após derrota para a Juventus em rodada anterior, e garantiu a vitória por 1 x 0, com gol irregular do defensor Ranocchia frente a uma equipe mediana do Cagliari. Já o time do homenageado Primeiro-Ministro reagiu à derrota para o Tottenham pela Champions League e venceu a equipe do Chievo por 2 x 1 fora de casa, com show brasileiro. Em triangulação do ataque milanês, Cassano cruzou para Ibrahimovic que com a cabeça fez o passe para Robinho, o “malandro” brasileiro ajeitou com o braço, girou e abriu o placar. No segundo tempo quando o jogo estava 1 x 1 e o Milan com dificuldades em avançar, Cassano sai para a entrada de Pato, que aos 36min recebe do “guerreiro” Gattuso, e em jogada individual passa por dois defensores e marca um bonito gol para fechar o placar e dar uma liderança confortável dos Rossoneros (55 pontos) em relação aos Nerazzurri (50 pontos).
     Mudando para “O futebol mais caro do mundo”, os Merengues conseguiram um importante vitória 2 x 0 sobre o Levante. Com um time misto, o técnico português, poupando os titulares para próxima partida da Champions League, começou com: Kaká no lugar de Ozil, Benzema no lugar de Adebayor, Xabi Alonso deu espaço para Lass e suspensos Casillas e Pepe não jogaram. Em excelente jogada de Di Maria, ao passar por 3 defensores do levante, ele invadiu a área deu o passe para Benzema completar (6 min. Do 1º tempo), em cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, o compatriota Ricardo Carvalho colocou a bola pra dentro e finalizou a vitória. Assim o time da capital(60 pontos) se aproxima do líder Barcelona (62 pontos), porém o time Catalão tem um jogo a menos e a chance de ampliar a liderança.
     Falando em técnico português, Mourinho, considerado um dos, senão o melhor do mundo, atingiu a marca histórica de uma invencibilidade de 148 partidas jogadas em casa por campeonatos nacionais. Passando por 4 times e 4 países, o Luso tem 38 partidas invictas em casa pelo Porto, 60 jogos invictos no Stamford Bridge, pelo Chelsea e 38, no San Siro ,pelos Nerazzurri. Uma incrível trajetória para ninguém botar defeito!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Agradável Surpresa!

   
     Talvez por falta de um time que eu torça, somando a baixa qualidade técnica de muitos jogos, devo confessar que não acompanho muito o Campeonato Catarinense. Pois bem, no último sábado fiz questão de aproveitar a folga e me dirigi ao estádio Heriberto Hülse para acompanhar uma das semi-finais do primeiro turno entre Criciúma e Chapecoense. E para a minha surpresa, com um olhar isento pude observar uma agradável e emocionante partida.
     Por conta da melhor campanha, o Criciúma tinha a vantagem do empate. Porém ao se analisar as escalações, parecia que a Chapecoense, atuando com três zagueiros, viria para se defender e especular o gol da vitória. Só parecia. O que se viu foi o time do Oeste jogando de maneira agressiva, dando um tom de paridade até o final do confronto.
     Ao escalar dois meias-ofensivos no meio-campo, o até então muito elogiado Guilherme Macuglia abriu um imenso espaço no meio do Tigre. Valdo por exemplo jogava de centro-avante, e fazia gols, na divisão de acesso em 2010. Junto com Roni (habilidoso e diferenciado) aproximaram-se em demasia aos atacantes, formando literalmente uma linha na frente. Ficaram escondidos entre o trio de zagueiros. Os volantes ficaram sobrecarregados e o Verdão tomou conta do jogo. Os alas Thnoi e Badé jogavam com liberdade apossando-se da meia-cancha. Porém a Chapecoense não conseguiu abrir o placar e já ao final da primeira etapa o Criciúma começou a dominar o jogo, dando sinais de que achara o caminho para chegar à final.
    Melhor posicionado o time do sul do Estado iniciou o segundo tempo pressionando o adversário e logo conseguiu o seu gol. Em um belo cruzamento, o volante-lateral Pirão achou Schwenck na área e o matador não desperdiçou. Era o momento do Tigre administrar a boa vantagem e levar o jogo com tranquilidade até o final, pois o própio treinador tratou de desfazer o ajuste do intervalo. Ao substituir Valdo, o correto era manter a estrutura do meio ou até reforçar a marcação com outro volante mas não, fez entrar um centro-avante de pouca mobilidade,  recuando o já cansado Schwenck para a criação. O vazio no meio outra vez se fez presente. Ao mesmo tempo que trouxe o time do Oeste para cima, perdeu o contra-ataque. Mais tarde, teve a intenção de desfazer o equívico porém a Chapecoense já havia crescido novamente na partida. Conseguiu o gol de empate em um frango, sim senhores da imprensa foi um típico frango, do até então seguro Andrey. Os últimos minutos foram emocionantes, com investidas perigosas do Verdão pelos lados, porém o Criciúma soube se defender. Somente em uma falha do zagueiro Rodrigo houve clara situação de gol.
     Agora, por um regulamento equivocado na minha opinião, o Criciúma irá até o Scarpelli com a necessidade de vencer o Figueirense. Penso que não final um time não merecia ter vantagem tão grande assim. Porém ambas as equipes vêm fazendo boas campanhas e clássicos costumam surpreender e pulverizar vantagens. O título é possível mas inegavelmente é tarefa das mais ingratas. A única certeza que tenho é que valeu a pena abandonar o agradável frescor do litoral para desfrutar do calor proporcionado pelo nosso glorioso Catarinão.
 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Faceiro? Ainda não!






     Foi o primeiro obstáculo de uma longa jornada e o Grêmio o superou sem dificuldades. Em competições como a Libertadores a supremacia em seus domínios lhe dá segurança para arriscar mais lquando se atua longe de casa. Os bolivianos, base da seleção nacional, mostraram que na competição poucos times são realmente frágeis, portanto muito respeito sempre. Renato anunciou com 48h de antecedência que iria para cima do Oriente, esqueceu de armar seu time para tal. 
     Dez minutos de jogo foram necessários para perceber que o tal esquema faceiro não iria funcionar. Os piriquitos tocavam a bola no meio sem encontrar resistência. Carlos Alberto não compôs o losango e toda hora era visto afunilando o jogo pela esquerda. Nossos laterais, os dois com características ofensivas, pouco avançavam pois não havia cobertura e quando o faziam, abriam muito espaço na defesa. Paulão, criticado por alguns torcedores, teve sua atuação prejudicada por encontrar a todo momento jogadores livre no seu lado do campo. Tendo sempre que correr atrás da bola o tricolor pouco conseguiu atacar e o pênalti já no final foi um alento para 45 minutos preocupantes. A simples fixação de Lúcio ao lado do impecável Rochemback devolveu um pouco, eu disse um pouco, de equilíbrio ao time. Carlos Alberto pôde se aproximar mais da área e de Douglas, melhorando assim seu futebol. Os laterais tiveram mais segurança para atacar, cresceram ambos. A diferença entre os times escancarou-se e a vitória veio ao natural. 
     Sempre vi o Grêmio fazer suas melhores partidas quando consegue literalmente amassar os adversários e ontem não foi assim que o triunfo foi alcançado. Me sinto mais seguro vendo o time jogar dessa maneira. A entrada de Adílson, ou outro volante, recuando o LATERAL Lúcio para a sua posição de origem resolveria várias destas questões. O termo que eu estava procurando para descrever tudo isso me veio em mente agora, imposição física. Não perderíamos a ultrapassagem pelo lado esquerdo. Os dois laterais poderiam até, em determinados momentos, avançar simultaneamente, pois teriam a ajuda dos volantes. Ao contrário de muitos torcedores, fiquei com a impressão de que Borges e André Lima podem sim jogar juntos. Abriram bons espaços para a infiltração dos meias. André não jogou tão bem, mas não atribuo isso à entrada do outro centro-avante.
     Não quero que digam que dediquei um post inteiro para criticar o time após uma expressiva vitória de 3 a 0. É esse o momento de apontar falhas. Penso que estamos no caminho certo. Tanto que apenas com uma mudança resolveríamos as questões anteriormente citadas. Temos vários bons jogadores para diversas posições e um senhor técnico, que ao contrário de outros por aí, não tem medo de arriscar. A torcida compareceu em bom número, foi maravilhosa e empolgante. Nesse ambiente favorável e na batida do bumbo dos geraldinos, faceirisse é o que ao final vai estar estampado em nossas faces.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ousadia Recompensada






     Após a derrota no clássico local, Cuca vez diversas alterações no time do Cruzeiro. Trouxe Gilberto novamente para a lateral-esquerda, recompôs o meio-campo com dois volantes liberando assim os seus meias e trocou o atacante Thiago Ribeiro, de fracas atuações nos últimos jogos, pelo excelente Wallyson. O garoto preencheu muito bem o lado direito junto com o lateral Pablo, outra promessa do time da Raposa. Roger e Montillo foram impecáveis, fazendo com que o time alternasse jogadas pelos dois lados. A estreia do zagueiro Victorino e o retorno de Henrique ao seu lugar devolveram consistência defensiva. Incrivelmente o Estudiantes apresentou estranha falta de combatividade no meio e seus três zagueiros jogaram o tempo todo em linha, permitindo seguidamente a ultrapassagem dos meias cruzeirenses. Com a goleada de 5 a 0 sobre os argentinos, o azul-celeste deu um passo importante para a classificação, fez saldo e mostrou o melhor futebol entre os times brasileiros no ano.

Luxo, Requinte e Emoção

     Uma delícia! Assim eu gosto de adjetivar sempre o iníco da fase eliminatória da Uefa Champions League. Grandes clubes e os melhores jogadores duelando com raça em belíssimos estádios. Na terça-feira, o Tottenham escancarou a diferença atual entre o futebol inglês e o italiano (entre clubes, obviamente). O Milan sentiu a ausência de Cassano, Robinho foi discreto e Pato teima em não aproveitar as suas oportunidades. O goleiro Gomes foi perfeito. Ficou difícil para os rossoneri alcançarem a classificação, principalmente porque os Spurs contam com a volta do craque Bale.  Na outra partida do dia, destaque para o gol do eterno Raul, maior artilheiro da competição, que fará o Schalk 04 jogar com tranquilidade frente ao Valência na Alemanha.
     Ontem sim foi o dia dos brasileiros brilharem na competição. Luiz Adriano, Jadson, Willian e Douglas Costa foram um verdadeiro terror para a defesa do Roma e conseguiram uma vitória que deve estar sendo considerada histórica lá para as bandas da Ucrânia.O ex-gremista fez um golaço e deve marcar presença na lista de Mano Menezes para as próximas Olimpíadas de Londres. A capital inglesa aliás assistiu a partida mais esperada das oitavas-de-final. Arsenal e Barcelona fizeram uma partida de luxo. São dois times que apresentam filosofia ofensiva e não deixaram de afirmar suas características. O Barça marcou pressão e manteve sempre a posse da bola, porém os ingleses não se intimidaram e conseguiram encaixar seus contra-ataques. Há tempo é o melhor time que adota essa estratégia. Engraçado que exatamente na hora dos gols do Arsenal, ouviram-se foguetes na nossa cidade azul. Coincidência, foi o Rafinha ou teríamos torcedores assim tão declarados dos Gunners em Tubarão?

     Sem Surpresas

     A Copa do Brasil teve início e a zebra ainda não se fez presente. Os grandes times conseguiram seus objetivos já no primeiro jogo. O Flamengo apresentou dificuldades e precisou que o pequeno Murici cansasse para conseguir os seus gols. O time não parece estar pronto. Apresentou lentidão e o sistema defensivo é confuso. Um pouco de qualidade e os alagoanos poderiam ter aberto o placar. Ronaldo Angelim na lateral não vai dar certo e pior ainda são os zagueiros que o substituem, o Mengo precisa contratar. O jovem Negueba, da equipe campeã da Copa São Paulo de Juniores, confirmou qualidades e torna-se opção importante. Mesmo que só tenha vitórias até o momento, o que preocupa os Rubro-negros é que tanto Botafogo quanto Fluminense apresentam maior entrosamento e jogam um melhor futebol.





quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Foi Dada a Largada!


     Disputa, entrega, carrinho, pressão, habilidade. Começa a ganhar corpo a Copa Libertadores 2011.Objeto de desejo e competição prioritária do calendário nacional, a LA11 deve ratificar a hegemonia do futebol brasileiro no continente. Após a inesperada eliminação do Corintnians logo na primeira fase e estréias sem brilho de Fluminense e Santos, nada digno de preocupação, os outros três times completam essa semana suas partidas de estréia. Favoritos ao título, torna-se pertinente fazer uma análise dos nossos clubes, virtudes, defeitos e quem larga na frente na conquista da bela taça que lhes exponho.

CRUZEIRO - O time mineiro surpreendentemente enfraqueceu o seu elenco em comparação à temporada anterior. A inexplicável venda de Jonathan para o Santos, além de reforçar, e que reforço, um adversário direto, abriu um vazio na lateral-direira. Cuca se viu obrigado a recuar o excelente Henrique para compor o quarteto defensivo. As vindas de André Dias e Leandro Guerreiro mão me parecem acrescentar muito. Alías, o time vem jogando apenas com o volante na frente da zaga, quatro meio-campistas de chegada e Wellington Paulista no ataque. No clássico local, mostrou-se frágil defensivamente. Com a estréia do zagueiro uruguaio Victorino, de ótima participação como lateral no Mundial 2010, o técnico pode restabelecer sua linha de volantes. Claro, Montillo é o diferencial e pode repetir o último torneio, quando carregou a Universidad de Chile às semi-finais.

FLUMINENSE - Um time forte, um bom elenco e um treinador experiente. O Tricolor das Laranjeiras, atual campeão brasileiro, entra forte pensando em igualar o ano de 2008. Tudo para ser considerado um dos favoritos, porém uma questão intrigante coloca em dúvida o sucesso do time. Atuando no 4-4-2 clássico com um quadrado no meio e fugindo das características dos times do técnico Muricy Ramalho, a equipe vem apresentando sérios problemas defensivos. Curioso, que o Flu teve a melhor defesa do último Brasileirão. Parece que Muricy sempre demora um pouco pra acertar seus times, o que pode explicar o fato de um técnico tão competente ainda não ter este título (aliás, competições do primeiro semestre não?). Somando-se a isso, o grupo dos cariocas é o mais disputado da competição, com os perigosos portenhos do Argentino Jrs, os raçudos uruguaios do Nacional e os habilidosos mexicanos do rico América. O empate em casa com os argentinos, deu uma mostra da pedreira que aguarda o tricolor. Se classificar, não deve ser com muitos pontos, o que indica pedreiras já no começo da fase eliminatória. Entretanto, uma boa campanha contra fortes equipes, pode embalar o clube e fazer com que a linda camiseta apresente uma estrela inédita no próximo ano.

GRÊMIO - Apoiado na mística da sua tradição copeira e na esperança do comando do seu maior ídolo, a torcida do imortal tricolor sonha em ver esta bela taça voltar para um lugar onde ela cai tão bem. Após um último semestre valioso no ano anterior, o Grêmio começa a temporada misturando momentos de esperança e preocupação. Com a perda e a não reposição de Jonas e Fábio Santos, a equipe perdeu um pouco da mecânica que tão certo deu no último ano. As jogadas pela esquerda, com a ultrapassagem do Lúcio, já não aconteçem com tanta frequência e naturalidade. O ataque perdeu demais em qualidade e a torcida torce para que Borges tenha a sequência que ainda não conseguiu. Porém o técnico Saint Renato Portaluppi já mostrou que tem muita capacidade de formar boas equipes, além de qualidade notória no comando do vetsiário e na motivação dos seus jogadores. O Tricolor dos Pampas sempre realiza boas campanhas, e com o apoio da sua fanática e enlouquecida torcida, pode pintar novamente a América de azul, preto e branco.

VERMELHINHOS - A macacada da Beira-Rio entra como detentora do título da Libertadores. Querem apagar o vexame contra o Mazembe Imortal conquistando o tri da América. Desde a saída de Sandro e Taison, o time perdeu encorpamente e velocidade de chegada ao ataque. Apresenta qualidade e capacidade para reter a bola, porém não consegue agredir o adversário. Celso #nuncamaisnomeutime Roth comprova a falta de habilidade em sustentar bons e longos trabalhos. Deu sorte em chegar no final da competição com o time precisando de apoio e rápida mobilização, aí sim sua especialidade. Claro, com o enriquecimento como instituição nos últimos anos, "eles" possuem um elenco superior. Kléber, Tinga, D´alessandro, Guiñazu, Leandro Damião formam um time competitivo. A chegada dos argentinos Cavenagui e Bolatti acrescenta e mostra poder aquisitivo. Tá, todo mundo sabe que os coloridos são fortes e podem, mas não vão, ganhar a competição, só que não to afim de ficar elogiando muito.

SANTOS - Seguindo fielmente a letra do seu hino, o Santos vem dando a bola no futebol brasileiro. Dirigido por um bom técnico, inteligente e com experiência vencedora na Libertadores como jogador, o time do Rei larga na frente em busca da glória. Adilson Batista possui jogadores versáteis e de qualidade técnica invejável e ele gosta de trabalhar assim. Neymar, Elano, Ganso são diferenciados. Arouca, , Léo, Jonathan, Possebon (que volante!), Diogo, possibilitam ao técnico formar o time de diferentes maneiras. Sem falar em Keyrrison, Maycon Leite, Zé Love, que se alternam na titularidade sem perda de efetividade. Curioso que justamente tal possibilidade de variação, pode ser a pedra no calcanhar do time. Adilson costuma dizer que gosta de armar seus times de acordo com o adversário e essa filosofia já fez com que ele tivesse fracasso em outros trabalhos. Temos aqui um exemplo recente, ontem contra o Deportivo Táchira na Venezuela, ele entrou com três volantes e Elano na armação, claramente não é assim que o Santos joga. Portanto se o técnico não quiser reeditar seu apelido de Professor Pardal e Pelé resolver se fazer ausente nos momentos importantes, o Santos finalmente pode reeditar noites de sonho na Vila Belmiro.

     Façam suas apostas, acham que alguém pode tirar este título do Brasil? A Copa vai começar!



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sejam Bem-Vindos ao Futebol Brasileiro

     Saudações meus caros amigos! Quero desejar boas-vindas a todos nesta primeira postagem.
Se tem algo que vem me irritando há algum tempo é ter que responder sobre futebol com 140 caracteres. Não tem como. Tive que criar este novo espaço para expor minhas opiniões sobre a nossa maior paixão. Espero que o "zappelota" se torne um celeiro de boas discussões. Vamos lá!
     Próximo de completar 7 meses de trabalho na frente da Seleção Brasileira e depois de duas derrotas frente a seleções de expressão, o técnico Mano Menezes começa a sofrer as primeiras contestações de pessoas próximas ao ditador Sadan Ricardo Mubarak Texeira. Contestam as últimas convocações e as substituições realizadas pelo treinador no amistoso contra a França. Esta notícia nos permite fazer uma avaliação sobre o atual momento do futebol canarinho.
     Ao assumir o posto de comandante da seleção, Mano fez questão de ressaltar a necessidade que tínhamos de resgatar o protagonismo ao se jogar futebol. Considero um pensamento acertado do treinador. Nunca fomos o time do contra-ataque. A Seleção Brasileira deve sempre querer propor o jogo, certo que sem perder o equilíbrio. A controvérsia é justamente a falta de jogadores que podem hoje serem considerados protagonistas. Após nos acostumarmos a ver atletas de qualidade indiscutível, Mano não conta com qualquer jogador que seja referência em um grande clube da Europa. Kaká pode ocupar esta lacuna, porém ainda é uma incógnita e está longe do seu melhor. Robinho parece ter chego ao limite do seu desenvolvimento como jogador. Ganso e Neymar, principalmente o último, são promessas que precisam de maior confirmação. Alexandre Pato não vem confirmando o que se esperava dele, ser a solução da centro-avância. Entretanto, não é no ataque que se encontra o maior problema.
     Mano vem seguindo desde os tempos de Corinthians o modelo de jogo que um grande número de seleções e times vem usando, o 4-2-3-1 alterando para o 4-3-3. O treinador não encontra bons nomes que componham um meio-campo capaz de exercer tal variação.Os chamandos "wings", precisam ser jogadores que tenham velocidade, profundidade, boa capacidade de finalização e que componham o meio-campo com rapidez sem a posse da bola. Enfim não há um Dentinho, um Jorge Henrique com nível de seleção. Robben é holandês. Robinho, Ramires, Renato Augusto não preencheram as características da posição. O gaúcho sempre apresentou coerência e deve estar pensando em outras alternativas táticas. Porém a estranha convocação de Jadson não demonstra tanta disposição assim em querer mudar.
     Deposito confiança no trabalho, na seriedade e na capacidade de formar bons times que tem Mano Menezes. Tenho certeza que ele pode levar o Brasil ao título em 2014. Até lá nossos clubes revelarão outros possíveis protagonistas. Até lá discutiremos diariamente partidas, convocações, escalações e desempenhos. Enfim, sejam bem-vindos ao futebol brasileiro!