segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Agradável Surpresa!

   
     Talvez por falta de um time que eu torça, somando a baixa qualidade técnica de muitos jogos, devo confessar que não acompanho muito o Campeonato Catarinense. Pois bem, no último sábado fiz questão de aproveitar a folga e me dirigi ao estádio Heriberto Hülse para acompanhar uma das semi-finais do primeiro turno entre Criciúma e Chapecoense. E para a minha surpresa, com um olhar isento pude observar uma agradável e emocionante partida.
     Por conta da melhor campanha, o Criciúma tinha a vantagem do empate. Porém ao se analisar as escalações, parecia que a Chapecoense, atuando com três zagueiros, viria para se defender e especular o gol da vitória. Só parecia. O que se viu foi o time do Oeste jogando de maneira agressiva, dando um tom de paridade até o final do confronto.
     Ao escalar dois meias-ofensivos no meio-campo, o até então muito elogiado Guilherme Macuglia abriu um imenso espaço no meio do Tigre. Valdo por exemplo jogava de centro-avante, e fazia gols, na divisão de acesso em 2010. Junto com Roni (habilidoso e diferenciado) aproximaram-se em demasia aos atacantes, formando literalmente uma linha na frente. Ficaram escondidos entre o trio de zagueiros. Os volantes ficaram sobrecarregados e o Verdão tomou conta do jogo. Os alas Thnoi e Badé jogavam com liberdade apossando-se da meia-cancha. Porém a Chapecoense não conseguiu abrir o placar e já ao final da primeira etapa o Criciúma começou a dominar o jogo, dando sinais de que achara o caminho para chegar à final.
    Melhor posicionado o time do sul do Estado iniciou o segundo tempo pressionando o adversário e logo conseguiu o seu gol. Em um belo cruzamento, o volante-lateral Pirão achou Schwenck na área e o matador não desperdiçou. Era o momento do Tigre administrar a boa vantagem e levar o jogo com tranquilidade até o final, pois o própio treinador tratou de desfazer o ajuste do intervalo. Ao substituir Valdo, o correto era manter a estrutura do meio ou até reforçar a marcação com outro volante mas não, fez entrar um centro-avante de pouca mobilidade,  recuando o já cansado Schwenck para a criação. O vazio no meio outra vez se fez presente. Ao mesmo tempo que trouxe o time do Oeste para cima, perdeu o contra-ataque. Mais tarde, teve a intenção de desfazer o equívico porém a Chapecoense já havia crescido novamente na partida. Conseguiu o gol de empate em um frango, sim senhores da imprensa foi um típico frango, do até então seguro Andrey. Os últimos minutos foram emocionantes, com investidas perigosas do Verdão pelos lados, porém o Criciúma soube se defender. Somente em uma falha do zagueiro Rodrigo houve clara situação de gol.
     Agora, por um regulamento equivocado na minha opinião, o Criciúma irá até o Scarpelli com a necessidade de vencer o Figueirense. Penso que não final um time não merecia ter vantagem tão grande assim. Porém ambas as equipes vêm fazendo boas campanhas e clássicos costumam surpreender e pulverizar vantagens. O título é possível mas inegavelmente é tarefa das mais ingratas. A única certeza que tenho é que valeu a pena abandonar o agradável frescor do litoral para desfrutar do calor proporcionado pelo nosso glorioso Catarinão.
 

3 comentários:

  1. Bela análise, caro blogueiro. Realmente uma ótima visão do jogo acontecido no sábado.
    Concordo com todo o seu ponto de vista, inclusive tinhamos o mesmo angulo de visão lá no Majestoso!
    Olha, se Tubarão voltar a ter um time taí um grande candidato ao cargo de comentarista. hehehe
    Realmente o nível tecnico do catarinão não é lá essas coisas, mas jogos que envolvem os 4 grandes (Tigre, JEC, Avai e Figueira) mais a Chapecoense pode-se esperar um bom espetáculo.
    Abraço
    Eduardo "Duda" Moreira

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  2. Hehehehe....aliás quero dizer que o Post foi quase todo montado na viagem de volta, junto com meus parceiros e primos Zuuuuca e Eduardinho. Também contei com o apoio do grande Cadu e do Paulo que com seus radinhos de 10 reais reconheceram os jogadores para mim. Aliás o último também é expert em reconhecer indivíduos de destaque do sagrado mundo feminino.

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  3. hahahahahha, que que é isso...
    Essas palavras lapidadas iluminam um caminho promissor ao blogueiro que tende a seguir os passos do grande Ruy Carlos Ostermann ou mesmo do saudoso Armando Nogueira tido por muitos como o poeta do futebol.
    Vida Longa ao Zappelota!

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